Fim de tarde.. Praia de Alvor

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobreviver...

Rasga as ondas
Sente o sal que queima a tua pele
Sente o teu sangue quente
Sente o fel das lágrimas que te rasgam
Ouve… não quero paz
Não quero mais esta estúpida calma

Quero sentir, quero amar
Ladear o vento,
Sentir sem consentimento
Imaginar mares e terras
Saltar tempestades e degredos
Deixar cair todos os segredos
E ser eu apenas

Valsa cambiante
Vida infernal
Tango eloquente
Deixa-me ser mulher
Ser eu, louca,
Terna, sensual.

Deixa que agarre a tua mão
Vamos amar sem fim
Eu a ti e tu a mim
E que todo o riso e o canto
esmaguem para sempre
O choro, a dor e o pranto

Anda… desdenha o teu iludir,
Não queiras o que já tens,
O que vives não te aquece,
Não te dói, não te faz sentir,
Diz-mo ou desaparece

Luta por mim...
Sobreviver não me apetece....

7 comentários:

  1. Cada um é como cada qual, mas...se fosse mais sucinto
    deporia nele todas as rosas que restam do viveiro primaveril.
    Assim,deixo as que tenho.
    Beijo

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  2. Belíssimopoema.
    Gosto tanto de poesias... esta música de palavras que falam dos mais variados sentimentos.
    Abraços

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  3. Gostei da expressão de insatisfação desse Amor...

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  4. Apetece-me sobreviver, não me apetece subviver
    Com este poema apetece-me lutar-te
    Obrigado

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  5. Adorei "escorregar" pelo Poema ...
    Fantástico ...

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