Anda...
Vem ter comigo
Ao covil da fera mansa...
Anda, espeta a tua lança
Na minha carne já dorida.
Vem que o meu corpo
Já não sente,
Se chegas ou se partes
Porque as escaras
São tão profundas
Que me tolhem o sentir
Anda, podes vir
Passa a tua mão
Na minha pele engelhada
Estou nua, despojada
E o meu corpo
Outrora macio
Encolhesse, estremece
Tem frio
Só os meus olhos ainda brilham
Loucos, insanos
Apaixonados
Quando farejam teu cheiro
Teu sangue quente
Ai, e a minha boca, outrora ardente
Geme desassossegada,
Não foi já amor ardente
Foi apenas o teu corpo no meu corpo
Fecha a porta quando saíres...
Já não sinto nada
A beleza da escrita não é apenas a suavidade das palavras, por vezes o confronto expressivo
ResponderEliminarleva-nos a encontrar a razão no irracional.
Gostei muito.
Obrigado! :)
ResponderEliminarMuito bonito,sonhei,imaginei e vivi...
ResponderEliminarBjo LF